Introdução
Entendendo Crenças Disfuncionais. Voce já tentou Entende-las ? Nossa mente é um complexo sistema que interpreta o mundo ao nosso redor, e essas interpretações muitas vezes são moldadas por nossas crenças. Crenças são como óculos coloridos que usamos para ver a realidade, e, dependendo do tipo de crença que carregamos, nossa visão do mundo pode ser bastante distorcida. Neste artigo, vamos explorar o mundo das crenças disfuncionais, entender o que são e como elas podem impactar nossas emoções e comportamentos.
O Poder das Crenças
Para entender a importância das crenças, é fundamental perceber que somos o que pensamos. Nossos pensamentos são moldados pela percepção que temos do mundo ao nosso redor. Esses pensamentos, por sua vez, criam nossa realidade. Consequentemente, não são as situações em si que nos afetam, mas sim a maneira como reagimos a elas. Em vista disso, esse processo envolve a geração de pensamentos, que desencadeiam emoções e respostas fisiológicas.
Entendendo Crenças Disfuncionais: O Que São e Como nos Afetam?
Formação das Crenças Disfuncionais
Primeiramente, as crenças disfuncionais não surgem do nada. Elas se desenvolvem ao longo de nossa vida, muitas vezes durante a infância e a adolescência. No entanto, várias influências como o comportamento dos pais, familiares, amigos, cultura, sociedade e experiências de vida, contribuem para a formação dessas crenças. As experiências positivas e negativas deixam suas marcas, moldando a maneira como percebemos a nós mesmos e o mundo ao nosso redor.
Tipos de Crenças Disfuncionais
Em suma, as crenças disfuncionais podem ser categorizadas em diferentes tipos:
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Crenças de Desamparo: Nesse tipo, as pessoas acreditam que são incapazes de realizar qualquer coisa. Em resumo sentem-se incompetentes, carentes e frágeis, constantemente se comparando com os outros. Por exemplo, frases como “Sou incapaz” ou “Eu não consigo” são habituais na crença de desamparo.
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Crenças de Desamor: Aqui, as pessoas acreditam que algo está intrinsecamente errado nelas e que não merecem ser amadas. por exemplo, pensamentos como “Não sou amável” ou “Não vão gostar de mim” dominam suas mentes.
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Crenças de Desvalor: Esse tipo envolve a crença de que somos moralmente ruins e não prestamos como indivíduos. Em resumo algumas crenças podem ser generalizadas para outras pessoas, como por exemplo: “As pessoas são todas ruins” ou “O mundo é um lugar perigoso e incerto”.
Quais Os Impactos?
Em síntese o impacto das crenças disfuncionais na vida de uma pessoa não deve ser subestimado. Além disso essas crenças podem desencadear emoções negativas ou disfuncionais, levando a comportamentos igualmente disfuncionais. Em vista disso, elas criam um ciclo vicioso que pode ser difícil de romper.
Crenças Disfuncionais e Transtornos da Personalidade
As crenças disfuncionais estão intimamente ligadas a vários transtornos tradicionais da personalidade. Cada transtorno tem suas próprias crenças e estratégias de comportamento associadas:
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Transtorno de Personalidade Dependente: Crenças de incapacidade e estratégias de comportamento de apego/vinculação.
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Transtorno de Personalidade Esquiva: Crenças de autoperigo e estratégias de comportamento de evitação.
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Transtorno de Personalidade Passivo-Agressiva: Crenças de possibilidade de controle e estratégias de comportamento de resistência.
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Transtorno de Personalidade Paranoide: Crenças de perigo nas pessoas e estratégias de comportamento de cautela.
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Transtorno de Personalidade Narcisista: Crenças de ser especial e estratégias de comportamento de autoengrandecimento.
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Transtorno de Personalidade Histriônica: Crenças de necessidade de impressionar e estratégias de comportamento de dramaticidade.
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Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo: Crenças de não poder cometer erros e estratégias de comportamento de perfeccionismo.
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Transtorno de Personalidade Antissocial: Crenças de que os outros estão lá para serem explorados e estratégias de comportamento de ataque.
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Transtorno de Personalidade Esquizoide: Crenças de necessidade de muito espaço e estratégias de comportamento de isolamento.
Essas crenças desempenham um papel fundamental em transtornos tradicionais da personalidade, moldando crenças básicas e estratégias de comportamento. Por exemplo, no Transtorno de Personalidade Dependente, a crença central é “Eu sou incapaz”, levando a estratégias de apego e vinculação. No Transtorno de Personalidade Esquiva, a crença é “Eu posso me machucar”, levando à evitação.
Conclusão
Para concluir, as crenças disfuncionais são poderosas influências em nossas vidas, moldando nossas emoções e comportamentos de maneira significativa. Diante disso entender essas crenças e reconhecê-las é o primeiro passo para mudar padrões disfuncionais. Com a ajuda da terapia cognitiva e outras abordagens terapêuticas, podemos desafiar e reformular essas crenças, permitindo-nos viver uma vida mais equilibrada e saudável. Lembre-se, nossas crenças não definem quem somos, mas podem moldar nossa jornada.
As crenças disfuncionais são uma parte intrincada de nossa psicologia, moldando a maneira como percebemos a nós mesmos e o mundo. Elas podem ter um impacto profundo em nossas emoções e comportamentos, muitas vezes alimentando transtornos da personalidade.